Peça de Teatro para o natal 2ª Parte O cumprimento da Grande Promessa

08/10/2016 22:59

 

Peça de teatro cristão para ser apresentada no natal! 2ª PARTE - O Cumprimento da Grande Promessa de DEUS!

O NASCIMENTO DE JESUS

INTRODUÇÃO - Depois de muitos anos sem Deus falar através de profetas ao povo de Israel; havia sobre eles uma grande humilhação da parte de seus inimigos e estavam muito angustiados e esperavam o cumprimento da grande promessa. Eles esperavam que Deus enviasse um homem forte para os livrar. Mas depois de muitos anos algo aconteceu...

NARRADOR No tempo do rei Herodes vivia na Judéia um sacerdote chamado Zacarias. Sua esposa chamava Isabel. Já estavam em idade avançada e sentiam muito não terem filhos. Todavia, certa ocasião, Zacarias foi a Jerusalém para exercer, na ordem de sua turma, as funções sacerdotais no Templo, e entrou no Santuário para oferecer o incenso. E eis que de repente foi surpreendido pela misteriosa presença de um Anjo do Senhor.

(Abre-se as cortinas).

ANJO GABRIEL - Não temas, Zacarias, pois te trago uma boa noticia!

ZACARIASQue noticia traz para mim um enviado do Senhor?

ANJO GABRIELAtua oração foi ouvida pelo Senhor, tua esposa te dará um filho...

ZACARIASUm filho?

ANJO GABRIEL - Tua esposa não sente tanto a falta de um filho?

ZACARIASSim... , sim! Mas..., Já não alimentamos mais esperanças de ter filhos.

ANJO GABRIEL - Guarda bem as minhas palavras; Isabel te Dara um filho ao qual darás o nome de João; será grande a tua alegria e muitos se rejubilarão com o nascimento do teu filho, porque ele será grande diante do altíssimo. Ele convertera muito dos filhos de Israel a seu Deus. Ele Mesmo o precedera no espírito e na virtude de Elias, para preparar ao Senhor um povo perfeito.

ZACARIASMas isto é impossível! Eu já sou velho, e minha esposa também é muito idosa.

ANJO GABRIELZacarias, eu sou Gabriel; assisto diante de Deus e fui enviado para trazer-te esta Boa Nova! Como duvidaste das minhas palavras, que se cumprirão no seu devido tempo, ficaras mudo e não poderás falar ate o dia em que tudo que te anunciei tiver acontecido!

ZACARIASNão! Não! Eu jamais pensaria tal coisa!

(Fecham-se as Cortinas)

NARRADOREnquanto isso o povo do lado de fora estava preocupado, esperando Zacarias aparecer, e procurava saber por que estava demorando tanto. Quando finalmente saiu não podia falar com eles, e viram pelos seus gestos que ele devia ter tido uma visão. Zacarias permaneceu no templo os dias restantes do seu serviço e depois voltou para casa.

(Abre se as cortinas).

ZACARIASComo o Senhor é bom e a sua misericórdia dura para sempre, e fizeste o impossível para os homens, em tirar a minha felicidade de não ter filhos. (Com gestos)

(Fecham-se as Cortinas)

NARRADOR - No sexto mês depois da Anunciação a Zacarias enviou Deus o Anjo Gabriel a Nazaré, cidade da Galiléia, a uma virgem prometida em casamento a certo homem chamado José, descendente de Davi. O nome da virgem era Maria. O anjo, aproximando-se dela, disse:

(Abre se as cortinas).

ANJO GABRIEL - “Alegra-te, agraciada! O Senhor está com você!”.

MARIA - Oh! Meu Senhor...Eu não sou digna de ver a face do Senhor.

ANJO GABRIEL - “Não tenhas medo, Maria; você foi agraciada por Deus! Você ficará grávida e dará a Luz um filho e lhe porá o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado filho do Altíssimo Deus. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi, e ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó; seu Reino jamais terá fim”.

MARIA - Como acontecerá isso, se sou virgem?

ANJO GABRIEL - O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Assim, você ficará grávida, e aquele que nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, sua parente, terá um filho na velhice; aquela que diziam ser estéril já está em seu sexto mês de gestação. Pois nada é impossível para Deus.

MARIA- Isabel concebeu um filho?

ANJO GABRIEL- Sim e è grande a sua alegria!

MARIA - Meu Deus, como e grande a tua misericórdia Senhor! Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra.

(Fecham-se as Cortinas)

e

(Abre se as cortinas).

MARIA - “Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade de sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamaram Bem-aventurada, pois o Poderoso fez grandes coisas em meu favor; Santo é o seu Nome. A sua misericórdia estende-se aos que o temem, de geração em geração”.

(Fecham-se as Cortinas)

e

(Abre se as cortinas).

MENINO - Maria, tu me chamaste?

MARIA - Chamei sim. Vai à casa de José e dize-lhe que preciso falar com ele.

MENINO - Agora?

MARIA - Sim.

MENINO - E se ele não estiver em casa?

MARIA - Procura-o por ai.

MENINO - E se ele não estiver também por ai?

MARIA - Ele deve estar em algum lugar. Vai procurá-lo depressa!

MENINO - Por que tanta pressa?

MARIA - Deixa de ser curioso..., Vai logo.

(o menino sai correndo. Enquanto aguarda a chegada do noivo, Maria cuida dos poucos preparativos para a viagem)

(Fecham-se as Cortinas)

e

(Abre se as cortinas).

JOSE - (Entrando em cena preocupado) Louvado seja Deus!

MARIA - Louvado seja Deus!

JOSE - Aconteceu alguma coisa?

MARIA - Não...

JOSE - Porque então me mandaste chamar com urgência?

MARIA - Porque resolvi visitar Isabel...

JOSE - Vai viajar para a casa de Zacarias?

MARIA - Sim.

JOSE - O que te fez tomar tão repentina decisão?

MARIA - Talvez um aviso. A minha intuição me diz que Isabel está precisando de mim...

JOSE - E vais fazer u ma viagem tão penosa apenas para obedecer a uma intuição?

MARIA - Não. A verdade é que estou com muita saudade da prima Isabel.

JOSE - Assim esta bem. Eu mesmo irei procurar pessoas de confiança que te possa fazer companhia até Jerusalém.

MARIA- Essa noticia me deixa feliz! Vou partir, mas não deixarei de pensar em ti...

JOSE - Assim esta bem! Vá e que Deus de Israel te proteja durante a viagem.

(reduzir a iluminação para troca de cenário)

            (Fecham-se as Cortinas)

NARRADOR - Durante a viagem o espírito de Maria ia extasiado no ministério que levava em si mesma.Ao entrar na casa de Zacarias, sem duvida não estava nos seus planos aproximar-se da prima e dar-lhe a conhecer o que nela se passava.

(Abre se as cortinas).

MARIA - (Após bater palmas) há alguém em casa? Há alguém em casa?...

(Isabel aparece na porta; olhas atentamente para a moca, mas não a reconhece de imediato)

ISABEL - Quem és tu?

MARIA - Sou eu, Isabel, Maria.

ISABEL - Que Maria?

MARIA - Tua prima...

ISABEL - A filha de Joaquim e de Ana?

MARIA - Sim!

ISABEL - Ó filha, como estás tão bonita! Quanto tempo não nos vimos?

MARIA - A paz esteja contigo, Isabel!

ISABEL - Tu és bendita entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre! Quem sou eu para merecer que a Mãe do meu Senhor venha me visitar? Tão logo a tua saudação chegou aos meus ouvidos, o meu filho exultou de alegria dentro de mim! Bem-aventurada és tu porque creste que se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!

MARIA - Isabel, o Senhor é contigo! Achaste graças diante de Deus, e Ele ouviu a tua oração e o teu sofrimento, e deste um filho mesmo na velhice, dando felicidade a você e a Zacarias e provando que para ele nada é impossível.

ISABEL - Sim, Maria estou muito feliz, porque Deus está fazendo cumprir a sua promessa, e muito em breve virá o reino de Deus a este mundo. Maria algo especial está acontecendo... Sinto a presença do Espírito Santo aqui conosco.

MARIA - Deus está visitando o seu povo, é chegado o reino de Deus a este mundo e muito em breve o Messias virá a este mundo para nos salvar de nossos pecados.

ISABEL - Muito me honra a tua visita! A viagem que fizeste deve ter sido muito cansativa!

MARIA - Foi sim. Mas a minha alegria neste momento supera todos os sacrifícios que fiz para chegar aqui! 

ISABEL - Não pode nem imaginar como a tua presença me deixou feliz!

MARIA - O que devo dizer eu que tenho em meu ventre o próprio Deus que é fogo eterno e caridade? Isto é maravilhoso, prima!

ISABEL - Sim, filha, é realmente maravilhoso! Agora vem descansar.

MARIA - Ora, Isabel, sou eu quem está aqui para te servir. Logo que o Anjo do Senhor me fez ciente do teu estado, me senti dominada pelo desejo de vir te visitar.

(Fecham-se as Cortinas)

NARRADOR - Maria permaneceu na casa de Isabel durante três meses         

(Zacarias e Maria fazem abertura de cena. O cenário é a sala de habitação. O clima é de pesar)

(Abre se as cortinas).

MARIA - (Zacarias que se encontra sentado estando cego na sala) bom dia, caro sacerdote!

ZACARIAS - Bom dia filha! Pareces pronta para viajar; (Com gestos).

MARIA - Sim, eu estou pronta...

ISABEL - Eu jamais desejei que o dia da tua partida chegasse; entretanto, chegou, porque assim tu queres...

MARIA - Não é tanto porque eu quero Isabel. Deves reconhecer que eu preciso retornar a Nazaré.

ISABEL - Eu entendo que deves voltar para a tua casa. Mas por que assim tão depressa?

MARIA - Devo regressar antes que a minha gravidez me impossibilite de viajar.

ISABEL - E a Jose, o que dirás, quando ele notar que esta grávida?

MARIA - Nada lhe direi que não seja da vontade do Senhor.

ISABEL - Mas não podes ignorar que ele se sentira no direito de querer saber o que se passa.

MARIA - Eu reconheço todos os direitos de José. Entretanto, não posso revelar a ele um segredo do Senhor.

ISABEL - Daqui a frente passará por dias de muito sofrimento...

MARIA - Eu não me descuidarei do meu compromisso para com Deus, para comigo mesma e para com o mundo...

(as duas mulheres se entrelaçam num abraço comovente e ficam em silencio por alguns instantes)

MARIA - (Já separada da outra) como é difícil uma despedida, Isabel, como é difícil deixar para trás pessoas queridas! Adeus!

ISABEL - Adeus, filha! (saem de sena).

(Fecham-se as Cortinas)

(reduzir a iluminação para troca de cenário e narração)

NARRADOR- Após ter regressado da casa de Zacarias, para a sua casa em Nazaré, Maria continuou aos fazeres do lar e às meditações das profundassagradas Escrituras. Seu noivo fazia sempre visitas a ela. A ele nada havia sido revelado a respeito da gravidez. Porém o segredo não tardaria a revelar-se a luz de todos os olhares. O que não devia seera falar mal da noiva. Porém isto não foi possível, e José começou a ouvir alguns comentários na rua.

(abre se as cortinas).

ESTRANHO A - Quando é que o herdeiro vai nascer, José?

ESTRANHO B - Você não perdeu tempo, não foi, José?

ESTRANHO C - É verdade; nem bem acabaram de oficializar o noivado, já estão esperando um filho.

ESTRANHO A - Quem diria, os mais recatados noivos que conhecemos em Nazaré não tiveram paciência de esperar para se tornarem pais depois do casamento. Ou será que se casaram sem ninguém saber?

ESTRANHO B - Será? Eu acho que não.

ESTRANHO C - Nesse caso devemos admitir que o carpinteiro e sua noiva, apesar de serem os pais fieisfrequentadores da nossa Sinagoga, não estão respeitando alguns dos mandamentos que lá aprenderam.

ESTRANHO A - Isso é verdade, eles não estão obedecendo direito alguns dos mandamentos da Lei.

ESTRANHO B - Ou quem sabe, eles não gostam dos mandamentos nem das leis que regem o nosso povo.

(Atormentado, José exclama)

JOSÉ - Senhor do Universo; Senhor dos humildes e dos justos, não permitas que eu faça mal juízo de uma pessoa que para mim sempre pareceu acima de qualquer suspeita!(pausa) esta não é a hora mais apropriada para falar com Maria (sai de cena).

(Fecham-se as Cortinas)

NARRADOR - No inicio, o carpinteiro deve ter suportado com muita confiança em Maria o que via e ouvia, porque era um homem justo e temente a Deus, e incapazde acusar sem ter certeza, e de querer condenar sem dispor de provas para uma condenação justa. Maria também passou a ser alvo de criticas de todos.

(Abre se as cortinas).

 (Agora Maria também é interpelada pelos provocadores: ela aparece em cena como se estivesse vindo de algum lugar indefinido; talvez da fonte).

ESTRANHA A - Olhe só quem vem lá!

ESTRANHA B - Não é a recatada Maria?

ESTRANHA C - Que Maria?

ESTRANHA A - A noiva do carpinteiro José.

ESTRANHA B - Noiva do carpinteiro José?

ESTRANHA A - Sim. Você não reconhece o carpinteiro?

ESTRANHA C - É evidente que conheço.

ESTRANHA A - Pois aquela que ali vem é a noiva dele.

ESTRANHA B - Noiva?

ESTRANHA C - Você quer dizer, a esposa?

ESTRANHA A - Ela não disse noiva? Eles ainda não estão casados.

ESTRANHA B - Mas já estão vivendo juntos, não é verdade?

ESTRANHA C - Bem, isso eu não posso afirmar; quer dizer; não é do meu conhecimento que eles morem na mesma casa; mas pelo jeito passam algumas horas juntos...

(agora Maria aproxima-se dos provocadores e uma delas dirige–lhe a palavra)

ESTRANHA A - Parabéns, Maria! Para quando será o nascimento de mais esse descendente de Davi?

(A moça não pára para responder a pergunta, então a mesma pessoa torna a falar, dirigindo-se desta vez as amigas)

ESTRANHA A - Vocês viram? Ela não quer falar; a mocinha concebeu um filho antes do casamento e ainda ostenta pose de donzela e recatada e orgulhosa! Tem cabimento uma coisa dessas?

ESTRANHA C - Eu não posso acreditar que ela tenha sido capaz de trair o carpinteiro, maculando a sua própria honra e da família. Ela me parece uma moça direita...

(Fecham-se as Cortinas)

NARRADOR -Maria ouve os insultos a ela dirigidos sem descer ao nível das provocadoras; isto não significa que as provocações não tenham penetrado em sua alma, ferindo-a profundamente. Ao se aproximar de sua casa, desabafa.

(Abre se as cortinas).

MARIA - Ò Senhor, me angustia ver José triste, amargurado e tão cheio de duvidas! Até quando poderei suportar vê-lo sofrer tanto por não ter tomado conhecimento da verdade?

(reduzir a iluminação para a narração e preparação da cena seguinte)

(Fecham-se as Cortinas)

NARRADOR - Diante de uma gravidez tão evidente, com a qual José não tinha nada a ver; decidiu José abandonar Maria secretamente; mas antes dar-lhe-ia uma carta de repudio; não queria expô-la á difamação publica.José noivo de Maria ao saber que ela estava grávida sendo justo e não querendo infamar, resolver deixá-la secretamente: e enquanto pensava nestas cousas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo:

(Abre se as cortinas).

(O carpinteiro aparece em cena pensativo)

(De repente José se sente dominado por uma sensação de sono: deita –se, fecha os olhos, adormece e sonha)

ANJO GABRIEL - José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que foi gerado nela é do espírito Santo. Ela dará a luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele Salvará o seu povo dos seus pecados.

(Fecham-se as Cortinas)

NARRADOR - Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta; eis que a virgem conceberá e dará a luz um filho, e Ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer; Deus conosco), despertando José do sono, fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor e recebeu sua mulher.

(Abre se as cortinas).

JOSÉ - Sim meu Senhor eu aceito esta missão. (Vai até Maria e a recebe como esposa...)

Fecham-se as Cortinas

NARRADOR - Depois de alguns meses depois destes acontecimentos saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todos fossem recenseados. E todos iam alistar-se cada um à sua própria cidade. Subiu também José, da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava nos dias de dar a luz. Chegando em Belém, já à noite, José e Maria começaram a procurar um lugar para se hospedar, pois Maria já estava sentindo dores de parto.

(abre se as cortinas).

JASMIM - Sua benção, meu pai.

AUGUSTO - Por onde andou menina?

JASMIM - Fui até o poço, buscar água, meu pai.

AUGUSTO - Espero que seja mesmo verdade o que dizes. Não gostaria de precisar espancar-te novamente.

JASMIM - Mas por quê? Meu pai? O que fiz de tão grave?

AUGUSTO - Ainda perguntas por quê? Pois bem, eu direi o motivo: um dos homens que traz a lenha para a estalagem disse ter visto tu e Kamal em companhia de parentes de Israel, essa mulher que alega ser “temente a Deus”. Já disse muitas vezes para não se juntarem a esses que esperam as coisas caírem do céu. Céu é Ter dinheiro, e para isso é preciso trabalhar, ouviu bem?

JASMIM - Não fale assim, meu pai. Devemos respeitar a Deus, que é o Senhor do Universo.

AUGUSTO - Cale a boca, pequena. Mulheres foram feitas para permanecerem caladas, bem quietinhas, ouviu?

JULIANA - O que é isto, Augusto? Por favor, não bata na menina outra vez! Olha, está aí um casal procurando hospedagem.

AUGUSTO - Quanto poderão pagar?

JULIANA - Na... Na... Não sei. Penso que são muito pobre, e...

AUGUSTO - Pois que vão buscar outro lugar. Não quero saber de pobres que não têm como pagar aqui nesta casa.

JULIANA - Mas meu marido, a mulher está quase a dar à luz a uma criança! Que sofrimento será para esta mulher ter que dar a luz a esta criança por ai...

AUGUSTO - Pois que morram! Você ainda quer arranjar-me problemas, mulher? Onde já se viu termos aqui uma criança a choramingar?

JASMIM - Mas temos uma vaga nos aposentos ao lado, pai.

AUGUSTO - Cala a boca Jasmim! Vá, mulher, e diga que nós não temos lugar.

JULIANA - Mas para onde irão se após o decreto de César Augusto para que venham todos se alistar, a cidade está superlotada?

JASMIM - Não encontraram hospedagem em nenhum outro lugar pai. Kamal, meu irmão, disse que muitos dormem pelas estradas porque todas as hospedarias já estão ocupadas.

AUGUSTO- Sabem de uma coisa? Eu estou farto de vocês com as constantes lamúrias. Não quero que esses pobretões fiquem e é só! Vamos Juliana diga a eles que se retirem imediatamente! Vamos, eu já disse!

JULIANA - Desculpem meus senhores nós não temos mais lugar...

(Fecham-se as Cortinas)

NARRADOR - José e Maria cansados, mais uma vez são obrigados a procurar outro lugar para se hospedar.

(Abre se as cortinas).

JACÓ - Nunca vi tanta gente em Belém. Isto significa que vai entrar muito dinheiro para nós. No entanto, não há lugar para mais ninguém, seja qual for à quantia oferecida. Todos os quartos já estão ocupados.

MAMÃE - Quase todas as pessoas que estão aqui hoje são da descendência de Davi, como nós, porem não se pode distingui-las ao olhá-las. São pessoas com quem nunca me associei quando morava na minha casa.

RAQUEL - Coitados! Precisa de um lugar onde possam comer e dormir. Vieram de muito longe, de lugares e cidades muitos distantes daqui, muitos deles passam a noite nas estradas.

JACÓ - E, hospedando eles nós podemos assim apanhar o seu dinheiro também. Olhe, vem alguém ai, parece ser um homem e uma mulher e parecem que eles estão muitos cansados.

MAMÃE - Sem duvida, são mais pessoas da descendência de Davi, pelo menos temos a resposta de que não temos mais lugar.

JOSÉ - Senhor hospedeiro, você pode nos alugar um quarto para passarmos a noite? Temos viajado muito hoje e minha esposa está muito cansada.

JACÓ - Sinto muito meu senhor, mas todos os quartos que temos já estão ocupados. Não há mais nenhum lugar.

JOSÉ - Senhor nós precisamos de um abrigo, mesmo que eu tiver que pagar muito, minha esposa não pode passar a noite fora. Ela está quase a dar a luz um filho?

MAMÃE - Jacó, este homem está muito cansado e podemos oferecer-lhe o estábulo. Não é muito, mais pelo menos é melhor do que passar a noite fora.

JACÓ - O Senhor não tem parentes ou amigos aqui em Belém?

JOSÉ - Não conhecemos ninguém, viemos de Nazaré. Somos da descendência de Davi.

RAQUEL - É Mamãe, nós podemos arrumar camas nas palhas e temos alguns cobertores e travesseiros. Eles não podem dormir na rua, a mulher está muito cansada, e parece que eles vêm de muito longe.

JACÓ - Nós lhe oferecemos o estábulo. É só isto que temos. Vocês aceitam?

JOSÉ - Sim senhor nós aceitamos.

(Fecham-se as Cortinas)

NARRADOR - Naquela mesma noite havia naquela região, pastores que viviam nos campos e guardava o seu rebanho durante as vigílias da noite. Os pastores Kamal, Elifaz, Acael, vigiavam seus rebanhos, enquanto Ciriaco e Estevão dormiam. Eram eles pessoas humildes e insignificantes aos olhos dos poderosos que desfrutavam de posição econômica e social, mas eram pessoas muito mais  puras e dignas do que orgulhosos que desejavam e esperavam o Messias nascesse cercado de toda a grandeza material.De repente um Anjo do Senhor desceu onde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.

(Abre se as cortinas).

ANJO GABRIEL - Não temais; eis que vos trago Boas-Novas de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal; encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada vem uma manjedoura.

(Fecham-se as Cortinas)

NARRADOR - E subitamente, apareceu com o Anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo.

(Abre se as cortinas).

OS ANJOS:

1.     Gloria a Deus nas alturas,

2.    E paz na Terra aos homens

3.    Aos quais ele concede o seu favor.

 

4.     “Nasce Jesus, fonte de luz

5.     Oh! Gloria a Deus nas alturas!

6.     Paz na terra aos homens a quem ele quer bem!”.

(Fecham-se as Cortinas)

NARRADOR - E ausentando-se deles os Anjos para o Céu, disseram os pastores uns aos outros.

(Abre se as cortinas).

PASTOR CIRIACO - Que maravilha, o Senhor visitou Israel, temos boas novas para contar ao povo.

PASTOR ESTEVÃO– Que maravilhosa noticia para o povo de Israel, Deus cumpriu sua Grande Promessa feita aos nossos pais!

 PASTOR KAMAL - Anjos do Senhor vieram nos fazer cientes do nascimento do Messias nosso Salvador:

PASTOR ELIFAZ - E o que dirão os nossos parentes e amigos quando contarmos para eles o que vimos e ouvimos?

PASTOR ESTEVÃO - Que fizemos para merecer a graça que recebemos?

PASTOR ELIFAZ - Tudo foi realmente maravilhoso! Mas o Anjo do Senhor não disse para ficarmos aqui falando uns com os outros?

PASTOR CIRIACO - E verdade, vamos logo ver essa maravilha que o senhor nos fez saber.

PASTOR ESTEVÃO - Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer?

TODOS OS PASTORES - Vamos...

(Fecham-se as Cortinas)

NARRADOR  - Depois destes acontecimentos Kamal um dos pastores voltou para casa muito feliz, para contar às novas que lhe havia acontecido naquela noite, e chamando-os disse:

(Abre se as cortinas).

KAMAL - Pai, Jasmim, minha mãe! Onde estão todos vocês?

AUGUSTO - Mas que gritaria louca é esta, Kamal? Não pode falar mais baixo?

KAMAL - Tenho uma noticia maravilhosa!

JULIANA - Kamal, meu filho, não consegui dormi durante toda a noite preocupada contigo. Por que demoraste tanto?

KAMAL - Minha mãe, Oh! Minha querida mãe “Não imagina o que tenho para contar!”.

JASMIM- Pois fala logo, meu irmão! Não nos deixes tanto tempo na expectativa!

AUGUSTO - Imagino que se deve tratar de mais uma de suas bobagens.

KAMAL - Meu Deus, eu nem mesmo sei como começar! É verdade: as palavras são tão pequenas para traduzir o fato inesperado e esplendido que se passou comigo! Meu Deus, tamanha felicidade! Sim, minha querida mãe, vai contar o que ouve. Durante a noite, eu apascentava as ovelhas como de costume, com Zacarias e Elifaz, quando...

JULIANA - Vamos, filho, conte-nos o que nos aconteceu!

KAMAL - Apareceu-nos um anjo do Senhor!

JULIANA E JASMIM - Um anjo?

KAMAL - Sim! E a glória do Senhor cercou-nos de resplendor. De inicio ficamos temerosos, mas ele nos disse que traria novas de grande alegria para todo o povo.

AUGUSTO - Cale-se, Kamal! Você está louco.

KAMAL - Não, meu pai, eu não estou louco e nem posso calar-me. Pois bem, o anjo contou-nos que na cidade de Davi acabara de nascer o Salvador, que é Cristo o Senhor.

JASMIM - Eu sabia! O Senhor havia colocado isto em meu coração. Meu pai você deixou de hospedar o filho de Deus com o seu coração duro. Eles estiveram a nossa porta a procura de abrigo.

KAMAL - O anjo ainda nos disse que como sinal acharemos o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura. Depois, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais louvando a Deus. Então fomos a Belém e tivemos a graça de ver o que o Anjo nos anunciara.

JULIANA - Mas que grande bênção, meu filho! Sabe, enquanto você fala tenho a impressão de ver tudo o que aconteceu. E tenho em meu coração que o Messias é nascido daquela mulher que esteve com o marido a procurar hospedagem em nossa porta.

JASMIM - Também penso o mesmo, minha mãe. Oh! Kamal, como estou feliz! Meu pai, o que se passa em seu coração?

AUGUSTO - Estou imensamente amargurado. Eu não sou digno de ter ouvido tudo isso que o Senhor nos fez saber.

KAMAL - Como não é digno, meu pai? Todos somos merecedores da salvação através da vinda do Filho de Deus?

AUGUSTO - Todo não, eu nada mereço. Sempre fui um patife da pior espécie!

JULIANA - Pois é o momento agora de arrepender-se, Augusto. Belém abriga hoje o filho de Deus, que veio salvar-nos de nossos pecados.

AUGUSTO - Como pude ser tão hipócrita, meu Deus! Negando hospedagem a um pobre casal deixei de ter aqui nesta casa o teu filho, Jesus?...”Perdoa-me, Pai Eterno, perdoa-me! Por favor, meu Deus!”

KAMAL - Levanta-se, meu pai. Tenho certeza de que as portas do céu foram abertas agora para o senhor.

AUGUSTO - A partir de hoje, a nossa hospedaria estará aberta a todos. O meu coração, como a hospedaria, estará aberto para a humanidade. Todos os pobres, os angustiados, os fracos, todos os filhos de Deus espalhados por toda a terra!

(Fecham-se as Cortinas)

NARRADOR - Havia no Oriente três reis magos que temiam a Deus, e viram no Céu o sinal especial, uma estrela que brilhava muito forte, entenderam que aquela estrela apontava que o messias havia nascido e seguiram até Jerusalém, e foram até Herodes, rei da Judéia.

(Abre se as cortinas).

BISBILHOTEIRO - Eu tenho uma noticia muito importante para o rei meu senhor! Deixe-me passar! Majestade! Majestade!

REI HERODES - Deixe-o passar!

BISBILHOTEIRO - Majestade acaba de chegar a esta cidade uma estranha caravana vinda de outras terras... (o rei sem interesse) falando de um Grande Rei que  nasceu...

REI HERODES - O que? De que caravana estas falando? E que Grande rei e esse que nasceu?

BISBILHOTEIRO - Eu não sei, Majestade, eu não sei. Os componentes da caravana parecem sábios!

REI HERODES - Sábios?

BISBILHOTEIRO - Sim, majestade. E pelo que dizem, foram guiados ate aqui por uma estrela...

REI HERODES - Guiados por uma estrela?

BISBILHOTEIRO - Foi o que eles disseram, majestade. Dizem ser a estrela do Grande Rei que o povo de Israel aguardam para os livrar dos seus inimigos.

REI HERODES - E para onde foram esses sábios que seguem estrelas e falam de um grande rei sem se referirem a mim?

BISBILHOTEIRO - Eu os deixei entre a multidão que os ouvia com muito interesse...

REI HERODES - Onde deve nascer o Messias Salvador a respeito do qual tanto falam?

DOUTOR DA LEI - Em Belém porque assim está escrito: “Em Belém da Judéia; porque assim está escrito pelo profeta: E tu Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti me sairá o guia que há de apascentar o meu povo de Israel”.

REI HERODES - Eu preciso falar com esses sábios! Vai procurá-los e dize-lhes que quero vê-los agora mesmo!

 

(Abre se as cortinas).

DEPOIS

(Abre se as cortinas).

BISBILHOTEIRO - Majestade, eis aqui os sábios vindos de outras terras...

BELQUIOR - Salve, ò rei! Para nós e uma honra estarmos aqui! O vosso mensageiro nos disse que desejava nos falar; em que podemos servir ò rei?

REI HERODES - O que os traze aqui? E quem são vocês? E de onde vieram?

BALTAZAR - Viemos do oriente e estamos procurando aquele que é nascido Rei dos judeus.

REI HERODES - Eu sou o único rei em Israel, Não existe nenhum outro rei além de mim.

BELQUIOR - “Queremos vê-lo paraadorá-lo?”.

REI HERODES: Onde deve nascer o Cristo que vocês procuram?

GASPAR - “Em Belém da Judéia”;

BALTAZAR - Trouxemos presentes e viemos para  adorá-lo.

REI HERODES - Ide informai-vos cuidadosamente a respeito do menino; e quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para que eu também possa ir adorá-lo.

(Fecha-se a cortina)

NARRADOR - Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no oriente os precedia, até que chegando, parou sobre onde estava o menino, e vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e abrindo os seus tesouros, entregaram-lhes suas ofertas: ouro, incenso e mirra. A estranha caravana partiu sem suspeitar dos criminosos propósitos de Herodes, que naquele momento iniciou sua trama diabólica contra Jesus. Tão logo os magos retomaram acaminhada, a estrela reapareceu e os encheu de alegria.

(Abre se as cortinas).

MARIA - Pelo jeito vamos receber visitas, filho. Quem será? Parecem estrangeiros.

BELQUIOR - Para mim e meus companheiros e uma grande honra termos encontrado o Messias, o Filho de Deus.

GASPAR - Vimos do Oriente a sua estrela que nos foi enviada como sinal de que nasceu em Israel um Grande Rei foi nosso guia até aqui!

BALTAZAR - Por isso partimos caminhando dia e noite ate chegarmos aqui neste lugar.

BELQUIOR - Humildemente te pedimos permissão para prestarmos as nossas homenagens ao filho de Deus.

MARIA - A julgar pela aparência, nota se que sois sábios e nobres. Ficai a vontade, como se estivessem em sua própria terra. Desculpe não poder acolher com uma recepção mais digna...

BELQUIOR - Não te preocupes com isso Maria, não existe ambiente melhor em todo o universo.

GASPAR - Maria nos permite fazer nossas Homenagens ao Rei dos Reis como o Senhor nos orientou.

REIS MAGOS:

 

1.       Alegre aqui estamos

2.       Para o menino adorarmos,

3.       Uma estrela que avistamos,

4.       Nos trouxe a este lugar.

 

1.     Lá do oriente viemos

2.    Nossa dádiva trazer,

3.    E tudo, pois o que temos.

4.    Queremos lhe oferecer.

 

·         BELQUIOR:

1.        Só ouro é que poderia,

2.       Como símbolo de riqueza,

3.       De poder, soberania,

4.       Majestade e realeza.

1.              Ao Rei dos Reis ofertar

2.            Isto que o eterno Deus

3.            Todo o tesouro dos Céus.

4.            À humanidade quis dar.

GASPAR:

1.     Ao meu Supremo Senhor

2.    Em sincera adoração

3.    Incenso do meu louvor

4.    Sobre o altar do coração.

1.             Hoje desejo queimar;

2.            Pois dos celestes olores

3.            As almas dos pecadores

4.            Estão a se impregnar.

BALTAZAR:

1.     Como minha oferta olente,

2.    Para um culto merecido,

3.    Fruto de uma fé ardente,

4.    Trago mirra ao DEUS-NASCIDO

1.     O Bendito do Senhor

2.    O Santo de Deus ungido

3.    Que veio, por seu amor,

4.    Salvar o mundo perdido.

(Fecha se as cortinas).

NARADOR – Zacarias Pai de João Batista foi cheio do Espirito Santo e profetizou dizendo:

(Abre se as cortinas).

ZACARIAS – Bendito o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo! E nos levantou uma Salvação poderosa na casa de Davi, seu servo, como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o principio do mundo, para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que no aborrecem e para manifestar misericórdia a nossos pais, e para lembrar-se do seu santo concerto e do juramento que jurou a Abraão...

(Fecha se as cortinas).

NARRADOR – Finalização da apresentação com todos os personagens no palco:

(Abre se as cortinas).

NOITE DE PAZ (hino 120 da harpa)

  1. NOITE DE PAZ, NOITE DE AMOR;
  2. TUDO DORME, EM DERREDOR
  3. ENTRE OS ASTROS QUE ESPARGEM A LUZ
  4. BELA, INDICANDO O MENINO JESUS,
  5. BRILHA A ESTRELA DA PAZ,
  6. BRILHA A ESTRELA DA PAZ.
  1. NOITE DE PAZ, NOITE DE AMOR; 
  2. OUVE O FIEL PASTOR
  3. COROS CELESTES QUE CANTAM A PAZ,
  4. QUE NESTA NOITE SUBLIME NOS TRAZ,
  5. O NOSSO BOM REDENTOR,
  6. O NOSSO BOM REDENTOR.
  1. NOITE DE PAZ, NOITE DE AMOR;
  2. OH! QUE BELO RESPLENDOR,
  3. PAIRA NO ROSTO DO MEIGO JESUS!
  4. E NO PRESÉPIO DO MUNDO, A LUZ!
  5. ASTRO DE ETERNO FULGOR.

CONCLUSÃO

Esta peça de Natal foi elaborada com o propósito de divulgar o natal como ele deveria ser, O NASCIMENTO DO FILHO DE DEUS, celebrado pelas famílias relembrando todo o processo de salvação para a humanidade elaborada pelo próprio Deus. Deus Criador, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo se revela a toda a Humanidade em todos os momentos da nossa vida e durante toda a existência da humanidade e nunca esteve longe daqueles que o buscarem por isso nunca.

Autor: José Saraiva da Silva

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