Os Paralitico de Betesda (João 5: 1-15)

08/06/2017 18:21
Texto Base: João 5.1-15
 
Introdução:
 
Como é possivel tanta fé, e perserverar tanto tempo em prol de uma cura. É impressionante o que leva uma pessoa esperar 38 anos de sua vida a espera de um milagre. Isso não tem outro nome a não ser esperança. Vemos aqui neste texto o Paralítico de Betesda, homem que, apesar de ter fé e esperança, não alcançava seu milagre.
Jesus vinha da Galiléia, a caminho de Jerusalém, quando chegou ao tanque de Betesda, próximo à porta das ovelhas, no lado norte da cidade. O tanque de Betesda (que significa casa de misericórdia), simbolizava uma das únicas esperanças para um doente incurável. E nele se aglomerava uma grande multidão de enfermos e paralíticos, buscando uma única chance de se verem livres do mal que os afligia. 
Um lugar onde a dor, a fragilidade do corpo e a miséria humana estavam em total evidência. Enfermos de todo tipo se juntavam e aguardavam uma gota de misericórdia divina, esperando o agito das águas do tanque. Somente o primeiro a entrar no tanque, receberia a cura.
 
1 – Ele esperava o movimento das águas (v. 3). Ali costumava ficar grande número de pessoas doentes e inválidas: cegos, mancos e paralíticos. Eles esperavam um movimento nas águas.
 
Acreditava que seu milagre estava associado ao grande agito, ao estrondoso, ao que chama a atenção. Para ele enquanto estivesse silêncio sinal de normalidade e barulho de águas esperança renovada. Jesus Chega e se apresenta num dia em que ninguém por ali o esperava e opera o milagre sem mover de água nenhuma.
Elias esperava ouvir Deus no Terremoto, no temporal, no muito barulho, entretanto, Deus se apresenta ao profeta soprando como brisa suave.
Aprendemos, então, que mesmo quando tudo esta calmo; Deus está operando um milagre em minha vida.
 
2 – Ele esperava a presença do Anjo (v. 4). De vez em quando descia um anjo do Senhor e agitava as águas. O primeiro que entrasse no tanque, depois de agitada as águas, era curado de qualquer doença que tivesse.
 
É impressionante, mas como esta fé caótica é tão forte entre nós. Vejamos que o homem estava diante do Criador dos anjos; Jesus, o Próprio Deus encarnado, mas a fé dele estava condicionada ao anjo. 
Para todos que estavam ali a presença do anjo era  garantia de milagres. Isso nos remete a Moisés; onde Deus promete a presença de um anjo para acompanhá-lo na jornada pelos desertos. Moisés entende que a presença do anjo seria interessante mas não o suficiente e diz: Senhor se tú não fores comigo eu não saio daqui. A presença de um anjo é boa mas a de Deus é insubstituível.
 
3- Ele acreditava que era por culpa dos outros que ele estava ali (v. 7). Disse o paralítico: "Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim".
 
Jesus faz uma pergunta fácil de responder: “Queres ser curado?” A resposta deveria ser sim ou não, entretanto o homem faz uma transferência culpando os outros por sua situação. Jesus não pergunta de que é a culpa, mas se queres receber o milagre.
Aprendo que; muitas vezes deixamos de receber as benções de Deus simplesmente porque não reconhecemos que a culpa esta em nós e não no próximo.
Jesus só vai operar o milagre se eu reconhecer que estou enfermo e que preciso do remédio.
 
Conclusão:
 
Certamente ele viu muitos desistirem. Muitos que "entregaram os pontos". Porém ele não desistiu. Trinta e oito anos paralítico e ele estava ali, aguardando uma oportunidade, esperando que a misericórdia de Deus o encontrasse um dia. E o texto informa que toda essa espera, toda essa persistência chegou ao conhecimento de Jesus. Aquela esperança e persistência em contar com a misericórdia divina já havia chamado a atenção do mestre. E sendo Jesus a própria misericórdia encarnada e viva, o mestre comovido com a situação daquele homem, declara a sua cura.
 
José Saraiva da Silva
 
 
 

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